second still

photo: Allison Littrell



A norte-americana Second Still, aos poucos vai se afastando do (excelente) som pós-punk mais cru e direto que definiu seus primeiros lançamentos. Em vez disso, no mais recente full do grupo, Violet Phase, adotou um som mais amadurecido com sintetizadores e ganchos experimentais atraentes. No novo single "Double Negative", o Second Still mostra muitos de seus novos truques que os inclui de forma convincente na cena dark/cool wave mundial não como coadjuvantes e sim como uma das principais do momento: seu álbum de estreia homônimo foi mencionado como um dos melhores álbuns de post-punk do ano de 2017. Violent Phase capta uma evolução na sonoridade apresentada anteriormente em Second Still (2017) e Equals EP (2018), sem deixar de lado as características que os enaltecem desde o início. Sediada em Nova Yorque, a banda sempre chamou atenção pela profundidade lírica imersa em eufonias góticas. Os californianos Alex Hartman (baixo) e Ryan Walker (guitar) junto à charmosa novaiorquina Suki Kwan realizaram este novo trabalho durante o inverno (deles, o nosso verão sinistro aqui) investindo em ambientes atmosféricos melancólicos e sombrios e na decadência típica do post-punk. Com a incorporação de mais sintetizadores, Violent Phase é a consolidação de uma nova fase já iniciada em Equals, digamos que a transição de um som para outro O salto de darkwave para coldwave em si não é imenso, mas tocar sons com algumas ideias diferentes, mantendo uma linha musical consistente, não é uma tarefa fácil.
O subgênero (vamos interpretar que tudo gira em torno da dark music ok?) às vezes soa nebuloso, mas sem ponderações, a Second Still ainda faz um trabalho notável ao pegar elementos familiares aos contextos básicos e elaborar seu próprio som. Existem alguns pontos de referência incontestes(a voz de Suki lembra muito Siouxie Sioux, a diva mor de toda essa nossa História. Em "Double Negative", a banda flexiona seus músculos, deixando sintetizadores fervilhantes e um baixo propulsivo levar o ouvinte a um abismo de drogas. Dramaticidade que sublinha toda a tragédia lírica do gênero. De acordo com a banda, “a faixa é sobre o "comedown from ecstasy”, a serotonina em espiral, quando percebemos que estamos presos na mesma vida entediante de antes de começar a noite. “Você não pode se divertir totalmente e tem sempre de se lembrar das pessoas com quem acabou de passar as últimas quatro horas. Esta é uma música tema para pessoas negativas ". Violento demais isso!

por Porão


dá uma sacada:
https://secondstill.bandcamp.com/
https://www.youtube.com/watch?v=yeO43aIqbz0
http://manicdepressionrecords.com/artists.php?id_artiste=90

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