O trio de Pesaro, Itália, segue a cartilha básica do pós punk que vem sendo escrita há 40 anos e se destaca como um dos grandes representantes do gênero na atualidade. Endless, pelas minhas pesquisas e audições foi o último álbum full lançado e inspira uma pérola lapidada em fino baixo palhetado (como sempre deve ser em se tratando do gênero) de Andrea Giometi e uma bateria direta e reta a cargo de Alessandro Ferri; a guitarra, curtida em reverbs e distorções, pertence ao bacana Alessandro Constantin que adiciona intensidade à uma simples porém densa musicalidade. Arrisco citar alguma (muita?)coisa de shoegazer na fórmula básica das composições. A angustiada voz de Andrea sublinha todo o “nervosismo” causado. A história é bem mais antiga: em 2009, produziram seus dois primeiros EPs No Title e Soviet Soviet. Os dois obtiveram boa crítica e em 2010 soltaram um split junto com o eletrônico/synth franco-inglês Frank Mannequin. Em 2011, a Tannen Records lançou seu primeiro álbum intitulado Summer, Jesus pelo selo Veronese. Por ocasião do lançamento, novamente em 2011, o selo veneziano publica a edição digital Nice que contém os dois primeiros EPs. Recebem convites para várias compilações interessantes e em 2013 lançam seu segundo full álbum intitulado Fate. Fato bizarro e conhecido pela mídia alternativa ocorreu em 2017, quando, em uma de suas tours promocionais, foram proibidos de entrar nos Estados Unidos tendo seus vistos negados pelo agentes da fronteira da era Trump que os consideraram "imigrantes ilegais". Quanto a Endless, podemos dizer que é fatídico, preciso e imediato; a começar por seu título (Sem Fim): ainda há muito o que se ouvir desse trio de altíssimo nível.E, obviamente,sou pura gratidão!
por Porão
dá uma sacada:
https://www.youtube.com/watch?v=AUxOF7eLA_0
https://www.youtube.com/watch?v=iACPlriqFOU&list=RDAUxOF7eLA_0&index=2
https://www.youtube.com/watch?v=MCXKRlWfD-A
https://sovietsoviet.bandcamp.com/

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